terça-feira, 1 de abril de 2014

Tarsilia no Cubismo, Expressionismo e Surrealismo.

CUBISMO - Iniciou seus estudos em arte com esculturas e pinturas. Conheceu Anita Malfatti, amiga que a apresentou a semana da arte moderna e quem a introduziu no grupo modernista. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia.
Em 1922, introduziu o cubismo no Brasil. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza.
Pintou a tela ‘A Negra’, figura que representava filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a história da arte moderna brasileira.

EXPRESSIONISMO -  Era expressionista antes de saber o que significava o termo. Em 1912 fixa-se em Berlim, onde estuda com Lovis Corinth, artista que trabalha com valores cromáticos do impressionismo, com pinceladas vibrantes que o aproximam dos expressionistas, apesar de discordar deles. Em 1915/16 Anita está em Nova Iorque, inscrita na Art Students League, onde só mantém um interesse duradouro: aulas de gravura. É quando ela acha a escola que tanto desejava encontrar na vida, a Independent School of Art, cujo professor, Homer Boss, é um pintor-filósofo de tendência realista. Absorve de cada pintor, de cada escola - fauvismo, sincronismo ou cubismo - só as características necessárias para montar sua própria linguagem. Em 1923 vai para Paris, vive então uma transformação profunda, perde o impulso marcante do expressionismo, deixa de lado o uso de cores violentas e artificiais e começa a representar o mundo de forma mais simples. Volta para São Paulo em 1928, reencontra os modernistas e participa das últimas manifestações do grupo. Nos anos 30, grandes dificuldades econômicas a obrigam a dedicar-se cada vez mais ao ensino da pintura e do desenho, e à pintura decorativa

SURREALISMO - Ao que parece, Tarsila do Amaral adere ao movimento antropofágico mais por consideração ao próprio companheiro Oswald, do que por uma identificação plena com as teses por ele elaboradas nestes anos. É relativamente curto o período dito antropofágico da obra de Tarsila, e são relativamente escassos os trabalhos assumidamente perfilados a esta estética, principalmente se comparados com o grande volume de obras elaboradas assumidamente sob o Projeto Pau-Brasil, também concebido por Oswald de Andrade. Cumpre, porém, registrar que percebo uma atitude criativa antropofágica de Tarsila, concernente a modos de deglutição de referências artísticas estrangeiras que foram transcriadas sob a forma de registros de características surreais sem, no entanto, abdicar a obra da realidade local, nacional, cromaticamente fértil, e sem deixar de representar as coisas de nossa terra, que fazem parte desta paisagem – tão rica e pluralista – de nossa Pindorama de todas as cores (com destaque para as intensas e solares, por vezes expressas pictoricamente desatreladas de qualquer tecnicismo em manifestações de freqüente força arquetípica de um Brasil cuja arte dita “primitivista” é capaz de surpreender e desarmar os olhares e juízos mais exigentes).

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