terça-feira, 1 de abril de 2014

Apresentação da turma.

Geovanna Ribeiro
Alissa Santana
Ana Luiza Ferreira
Fernando Nascimento
Sabrina Borges
Ana Beatriz Almeida
Breno Bolsoni

Oswald de Andrade para Tarsila

“Ser artista é ter o dom do entendimento da alma humana e conseguir expressar os sentimentos não com palavras, mas, com cores e formas que definem o verdadeiro amor à arte, assim é a obra de Tarsila do Amaral”.
Poema de Oswald de Andrade para Tarsila.


Tarsilia no Cubismo, Expressionismo e Surrealismo.

CUBISMO - Iniciou seus estudos em arte com esculturas e pinturas. Conheceu Anita Malfatti, amiga que a apresentou a semana da arte moderna e quem a introduziu no grupo modernista. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia.
Em 1922, introduziu o cubismo no Brasil. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza.
Pintou a tela ‘A Negra’, figura que representava filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a história da arte moderna brasileira.

EXPRESSIONISMO -  Era expressionista antes de saber o que significava o termo. Em 1912 fixa-se em Berlim, onde estuda com Lovis Corinth, artista que trabalha com valores cromáticos do impressionismo, com pinceladas vibrantes que o aproximam dos expressionistas, apesar de discordar deles. Em 1915/16 Anita está em Nova Iorque, inscrita na Art Students League, onde só mantém um interesse duradouro: aulas de gravura. É quando ela acha a escola que tanto desejava encontrar na vida, a Independent School of Art, cujo professor, Homer Boss, é um pintor-filósofo de tendência realista. Absorve de cada pintor, de cada escola - fauvismo, sincronismo ou cubismo - só as características necessárias para montar sua própria linguagem. Em 1923 vai para Paris, vive então uma transformação profunda, perde o impulso marcante do expressionismo, deixa de lado o uso de cores violentas e artificiais e começa a representar o mundo de forma mais simples. Volta para São Paulo em 1928, reencontra os modernistas e participa das últimas manifestações do grupo. Nos anos 30, grandes dificuldades econômicas a obrigam a dedicar-se cada vez mais ao ensino da pintura e do desenho, e à pintura decorativa

SURREALISMO - Ao que parece, Tarsila do Amaral adere ao movimento antropofágico mais por consideração ao próprio companheiro Oswald, do que por uma identificação plena com as teses por ele elaboradas nestes anos. É relativamente curto o período dito antropofágico da obra de Tarsila, e são relativamente escassos os trabalhos assumidamente perfilados a esta estética, principalmente se comparados com o grande volume de obras elaboradas assumidamente sob o Projeto Pau-Brasil, também concebido por Oswald de Andrade. Cumpre, porém, registrar que percebo uma atitude criativa antropofágica de Tarsila, concernente a modos de deglutição de referências artísticas estrangeiras que foram transcriadas sob a forma de registros de características surreais sem, no entanto, abdicar a obra da realidade local, nacional, cromaticamente fértil, e sem deixar de representar as coisas de nossa terra, que fazem parte desta paisagem – tão rica e pluralista – de nossa Pindorama de todas as cores (com destaque para as intensas e solares, por vezes expressas pictoricamente desatreladas de qualquer tecnicismo em manifestações de freqüente força arquetípica de um Brasil cuja arte dita “primitivista” é capaz de surpreender e desarmar os olhares e juízos mais exigentes).

 Jornal , dia 17 de janeiro, 1973 . A musa ausente... 






"Nos últimos anos, Tarsila já não andava e suas mãos tinham pouca agilidade com os pincéis. Mesmo assim, guardava como uma secreta relíquia a recordação de que fora uma mulher bonita, "musa ausente" da Semana de Arte Moderna de 1922 e inspiradora, com seu quadro Abaporu, do movimento antropofágico. De sua vida, que ontem terminou num quarto de hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo - Tarsila fez uma grande festa, cujos convidados de honra foram sempre artistas plásticos, literatos e músicos. Pelos grandes salões por onde circulou (seja na companhia de inquietos artistas de Paris ou jovens rebeldes da ainda provinciana São Paulo), Tarsila deixou a marca de seu tempo. Um tempo menos urgente e agressivo". Jornal do Brasil Segundo o poeta Paulo Bonfim, a morte de Tarsila não era sua partida, mas sua chegada ao futuro. E para quem acompanhou a sua trajetória ou teve a oportunidade de conhecer mais sobre ela, entendeu a definição.

Trasila do Amaral.

5 curiosidades sobre Tarsila do Amaral!

Curiosidade 1 :  - "Abaporu"  foi o quadro brasileiro de maior valor vendido até hoje. Seu preço alcançou US$1.500.000, e foi comprado pelo banqueiro argentino Eduardo Costantini.




Curiosidade 2 : - Tarsila anulou seu casamento com o primeiro marido em 1925 para casar-se com Oswald de Andrade em 1926. O então presidente eleito Washington Luís foi o padrinho de Oswald e Júlio Prestes (na época governador do Estado de São Paulo) o padrinho de Tarsila.




Curiosidade 3  - Depois de 1929, com a crise do café no Brasil, o pai de Tarsila perdeu grande parte de sua fortuna e ela trabalhou como colunista nos Diários Associados de seu amigo Assis Chateaubriand.





Curiosidade 4  - Tarsila gostava muito de anotar novas receitas detalhadamente, porém nunca chegava a fazê-las. - A tela "O Pescador" foi vendida ao governo russo durante sua estada por lá em 1931. O dinheiro obtido teve de ser gasto no próprio país, uma vez que não podia ser convertido em outra moeda.





Curisidade 5  - Tarsila possuía um dos melhores acervos pessoais do Brasil com obras de Léger, Picasso, De Chirico, Delaunay, Modigliani, Gleizes, Lhote, Ingres e também dos brasileiros Almeida Junior, Anita Malfatti, Lasar Segall, entre outros.

Ode ao livro ''Bandeira de bolso''

Livro - Bandeira de Bolso - Uma Antologia Poética
Este volume reúne 149 poemas de Manuel Bandeira (1886-1968), o mais brasileiro dos nossos poetas. Tuberculoso desenganado que viveu até os 82 anos, modernista de primeira hora, precursor do verso livre, era, ao mesmo tempo, admirador de Olavo Bilac e das formas poéticas fixas. Bandeira, essa figura singular, trouxe à poesia a realidade do país, a ginga, a malandragem, a fala das ruas, os pequenos personagens e até mesmo nomeou os sentimentos coletivos da alma nacional (como na estrofe acima). E deu a esses fenômenos sua mais bela expressão. Poeta e voz única, intelectual de proa da nossa cultura, aqui estão reunidos seus mais populares e significativos poemas.

Suas obras:

Abaporu -   Este é o quadro mais importante já produzido no Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar de presente para o escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro. O "Abaporu" foi a tela mais cara vendida até hoje no Brasil, alcançando o valor de US$1.500.000. Foi comprada pelo colecionador argentino Eduardo Costantini.

Suas obras:

A Negra - Esta tela foi pintada por Tarsila em Paris, enquanto tomava aulas com Fernand Léger. A tela o impressionou tanto que ele a mostrou para todos os seus alunos, dizendo que se tratava de um trabalho excepcional. Em A Negra temos elementos cubistas no fundo da tela e ela também é considerada antecessora da Antropofagia na pintura de Tarsila. Essa negra de seios grandes, fez parte da infância de Tarsila, pois seu pai era um grande fazendeiro, e as negras, geralmente filhas de escravos, eram as amas-secas, espécies de babás que cuidavam das crianças.

Suas obras:

Chapéu Azul - Esta tela foi realizada depois de Tarsila frequentar o ateliê de Emile Renard. As telas dessa época possuem uma grande suavidade e uma atmosfera lírica.


Vida e Obra.



Tarsila do Amaral foi uma das mais importantes pintoras brasileiras do movimento modernista. Nasceu na cidade de Capivari, em 1 de setembro de 1886.


Estudou no Colégio Sion, na cidade de São Paulo, porém, completou os estudos numa escola de Barcelona. Desde jovem, Tarsila demonstrou muito interesse pelas artes plásticas. Aos 16 anos, pintou seu primeiro quadro, intitulado Sagrado Coração de Jesus.
Em 1906, casou-se pela primeira vez com André Teixeira Pinto e com ele teve sua única filha, Dulce. Após se separar, começa a estudar escultura.Somente aos 31 anos começou a aprender as técnicas de pintura com Pedro Alexandrino Borges
Em 1920, foi estudar na Academia Julian (escola particular de artes plásticas) na cidade de Paris. Em 1922, participou do Salão Oficial dos Artistas da França, utilizando em suas obras as técnicas do cubismo.
Retornou para o Brasil em 1922, formando o "Grupo dos Cinco", junto com Anita Malfatti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Este grupo foi o mais importante da Semana de Arte Moderna de 1922.
Em 1923, retornou para a Europa e teve contatos com vários artistas e escritores ligados ao movimento modernista europeu. Entre as décadas de 1920 e 1930, pintou suas obras de maior importância e que fizeram grande sucesso no mundo das artes. Entre as obras desta fase, podemos citar as mais conhecidas: Abaporu (1928) e Operários (1933).
No final da década de 1920, Tarsila criou os movimentos Pau-Brasil e Antropofágico. Entre as propostas desta fase, Tarsila defendia que os artistas brasileiros deveriam conhecer bem a arte europeia, porém deveriam criar uma estética brasileira, apenas inspirada nos movimentos europeus.
No ano de 1926, Tarsila casou-se com Oswald de Andrade, separando-se em 1930.
Entre os anos de 1936 e 1952, Tarsila trabalhou como colunista nos Diários Associados (grupo de mídia que envolvia jornais, rádios, revistas).
Tarsila do Amaral faleceu na cidade de São Paulo em 17 de janeiro de 1973. A grandiosidade e importância de seu conjunto artístico a tornou uma das grandes figuras artísticas brasileiras de todos os tempos.

Características de suas obras

- Uso de cores vivas
- Influência do cubismo (uso de formas geométricas)
- Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil
- Estética fora do padrão (influência do surrealismo na fase antropofágica)


Principais obras de Tarsila do Amaral

- Autorretrato (1924)
- Retrato de Oswald de Andrade (1923)
- Estudo (Nú) (1923)
- Natureza-morta com relógios (1923)
- O Modelo (1923)
- Caipirinha (1923)
- Rio de Janeiro (1923)
- A Feira I (1924)
- São Paulo – Gazo (1924)
- Carnaval em Madureira (1924)
- Antropofagia (1929)
- A Cuca (1924)
- Pátio com Coração de Jesus (1921)
- Chapéu Azul (1922)
- Auto-retrato (1924)
- O Pescador (1925)
- Romance (1925)
- Palmeiras (1925)
- Manteau Rouge (1923)
- A Negra (1923)
- São Paulo (1924)
- Morro da Favela (1924)
- A Família (1925)
- Vendedor de Frutas (1925)
- Paisagem com Touro (1925)
- Religião Brasileira (1927)
- O Lago (1928)
- Coração de Jesus (1926)
- O Ovo ou Urutu (1928)
- A Lua (1928)
- Abaporu (1928)
- Cartão Postal (1928)
- Operários (1933)

Vale a pena saber sobre Tarsila!

Tarsila adorava bichos. Ela tinha 40 gatos quando criança na fazenda. Uma delas, uma gatinha branca, chamava-se Falena.Tarsila ficou amiga de Chico Xavier nos anos 60, depois da morte de sua única filha, Dulce (que morreu em 1966 de diabetes).Beatriz, a única neta de Tarsila já tinha falecido no final dos anos 40, afogada. Chico Xavier trouxe a ela muita paz espiritual. Eles trocavam muitas cartas e sempre que estava em São Paulo, Chico visitava Tarsila.

A trajetória de uma grande mulher!

BIOGRAFIA DE TARSILA DO AMARAL.


INFÂNCIA E APRENDIZADO

Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.
Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la.

1923

Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.
Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. E era convidada para jantares na casa de personalidades da época, como o milionário Rolf de Maré. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época, como Poiret e Patou. Em uma homenagem a Santos Dumont, usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato 'Manteau Rouge', de 1923.

PAU BRASIL

Em 1924, Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.
Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald). Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época, foram os padrinhos deles.